quarta-feira, 27 de outubro de 2010

É BOM FAZER PROMESSAS?

 
As pessoas perguntam: O que a Igreja diz sobre as promessas? A Igreja as aprova quando realizadas adequadamente. Os santos faziam promessas. O Catecismo da Igreja Católica (CIC) diz que: “Em várias circunstâncias o cristão é convidado a fazer promessas a Deus... Por devoção pessoal o cristão pode também prometer a Deus este ou aquele ato, oração, esmola, peregrinação, etc. A fidelidade às promessas feitas a Deus é uma manifestação do respeito devido à majestade divina e do amor para com o Deus fiel” (CIC § 2101).

Há passagens bíblicas que contêm promessas. Jacó faz uma promessa a Deus: “Jacó fez então este voto: “Se Deus for comigo, se ele me guardar durante esta viagem que empreendi, e me der pão para comer e roupa para vestir, e me fizer voltar em paz casa paterna, então o Senhor será o meu Deus. Esta pedra da qual fiz uma estela será uma casa de Deus, e pagarei o dízimo de tudo o que me derdes” (Gn 28,20-22).

Ana, a mãe do profeta Samuel, fez um voto: “E fez um voto, dizendo: Senhor dos exércitos, se vos dignardes olhar para a aflição de vossa serva, e vos lembrardes de mim; se não vos esquecerdes de vossa escrava e lhe derdes um filho varão, eu o consagrarei ao Senhor durante todos os dias de sua vida, e a navalha não passará pela sua cabeça” (1Sm 1,11).

Alguns salmos exprimem os votos ou as promessas dos orantes de Israel (Sl 65, 66, 116; Jn 2,3-9).

“Se oferecerdes ao Senhor alguma oferenda de combustão, holocausto ou sacrifício, em cumprimento de um voto especial ou como oferta espontânea...” (Nm 15,3).

“Se uma mulher fizer um voto ao Senhor ou se impuser uma obrigação na casa de seu pai, durante a sua juventude, os seus votos serão válidos, sejam eles quais forem. Se o pai tiver conhecimento do voto ou da obrigação que se impôs a si mesma será válida. Mas, se o pai os desaprovar, no dia em que deles tiver conhecimento, todos os seus votos... ficarão sem valor algum. O Senhor perdoar-lhe-á, porque seu pai se opôs” (Nm 30,4-6).

No entanto, havia a séria recomendação para que se cumprisse o voto ou a promessa feita. “Mais vale não fazer voto, que prometer e não ser fiel à promessa” (Ecl 5,4). São Paulo quis submeter-se às obrigações do voto do nazireato: “Paulo permaneceu ali (em Corinto) ainda algum tempo. Depois se despediu dos irmãos e navegou para a Síria e com ele Priscila e Áquila. Antes, porém, cortara o cabelo em Cêncris, porque terminara um voto” (At 18,18).

“Disseram os judeus a Paulo: “Temos aqui quatro homens que fizeram um voto... Purificar-te com eles, e encarrega-te das despesas para que possam mandar rapar a cabeça. Assim todos saberão que são falsas as notícias a teu respeito, e que te comportas como observante da Lei” (At 21, 23s).

É certo que as promessas não obrigam Deus a nos dar o que Ele não quer dar, pois sabe o que é melhor para nós, mas estas podem obter do Senhor, muitas vezes através da intercessão dos santos, graças de que necessitamos. Jesus mandou pedir e com insistência.

As promessas nada têm de mágico ou de mecânico, nem podem ser um “comércio” com Deus; pois não se destinam a “dobrar a vontade do Senhor. Às vezes os fiéis prometem até coisas que não conseguem cumprir por falta de condições físicas, psíquicas ou financeiras, e ficam com medo de um castigo de Deus Pai. Pior ainda quando alguém faz uma promessa para que outro a cumpra, sem o seu consentimento. Os pais não devem fazer promessas para os filhos cumprirem.

Ao determinar que nos daria as graças necessárias nesta vida, o Todo-poderoso quis incluir no Seu desígnio a nossa colaboração mediante a oração, o sacrifício, a caridade, etc. Deus quer dar levando em conta as orações que Lhe fazemos. Sob esta ótica, as promessas têm valor para Deus e para nós orantes, pois alimentam em nós o fervor; estimulam nossa devoção; exercitam em nosso coração o amor a Deus; e isso é valioso. Uma promessa bem feita pode nos abrir mais à misericórdia do Senhor.

Quando não se puder cumprir uma promessa feita a Deus, procure um sacerdote e peça-lhe que troque a matéria da promessa. Essa solução está de acordo com os textos bíblicos que preveem a possibilidade da mudança dos votos (ou promessas) por parte dos sacerdotes: “Se aquele que fizer um voto não puder pagar a avaliação, apresentará a pessoa diante do sacerdote e este fixá-la-á; o valor será fixado pelo sacerdote de acordo com os meios de quem fizer voto” (Lv 27, 8; cf. Lv 27,13s.18.23).

Procure prometer práticas não somente razoáveis, mas também úteis à santificação do próprio sujeito ou ao bem do próximo. Quanto aos ex-votos (cabeças, braços, pernas... de cera), que se oferecem em determinados santuários, diz Dom Estevão Bettencout que “podem ter seu significado, pois contribuem para testemunhar a misericórdia de Deus derramada sobre as pessoas agraciadas; assim levarão o povo de Deus a glorificar o Senhor; mas é preciso que as pessoas agraciadas saibam por que oferecem tais objetos de cera, e não o façam por rotina ou de maneira inconsciente” (PR, Nº 262 – Ano 1982 – Pág. 202).

Entre as melhores promessas estão as três clássicas que o próprio Jesus propôs: a oração, a esmola e o jejum (cf. Mt 6,1-18). A Santa Missa é o centro e o alimento por excelência da vida cristã. A esmola "encobre uma multidão dos pecados” (cf. 1Pd 4,8; Tg 5,20; Pr 10,12); o jejum e a mortificação purificam e libertam das paixões o ser humano. Jesus disse que certos males só podem ser eliminados pelo jejum e pela oração.

Se a prática das promessas levar o cristão ao exercício dessas boas obras, então é salutar. As promessas nada têm a ver com as “obrigações” dos cultos afro-brasileiros, mas são expressões do amor filial dos cristãos a Deus.

Felipe Aquino
Site do autor: www.cleofas.com.br

Postado por: Vitor Jacobem de Mello
@vitorjm11

QUEM SERVE É PARA SERVIR?

 
Vejo em alguns grupos, comunidades e movimentos, as lideranças dizendo quem serve e quem não serve para servir a DEUS. Ficam monopolizando as atividades na igreja com a desculpa de que fulano ainda não se converteu, sicrano até tem o dom, mas ainda não renunciou algumas coisas que o mundo oferece como festas, bebida, etc.


Uma vez um amigo me fez refletir, que seria muito bom se os pecados das lideranças de nossos grupos fossem só a bebida, porem os mesmos não conseguem olhar a trave que há em seus olhos, suas omissões, seus julgamentos, suas faltas de caridade, muitas vezes que mataram pessoas com suas palavras e ações.


Não podemos esquecer de como Jesus fazia para escolher seus servos, seus discípulos. Jesus não esperou nenhum de seus escolhidos se converterem para depois segui-Lo, muito pelo contrário, ELE somente fez o convite e esperou a decisão do servo chamado, só bastava o querer. Muitos provavelmente começaram a seguir Jesus por euforia, por interesse, mas nem assim ELE expulsou ou excluiu alguém.


Por que Jesus agiu assim? Por que seria muito mais fácil a conversão dessas pessoas a partir do momento que elas vivessem próximo de Jesus, sendo amadas por ELE, sendo corrigidas por ELE e sendo instruídas por ELE.


Não podemos nos acomodar e esperar os santos, prontos para servir a DEUS, precisamos de fazer como Cristo, dar uma oportunidade para aqueles que querem, e os convidar para nosso convívio, apresentar Jesus, amar, ensinar, corrigir, formar, para no momento certo esses filhos possam ter um contato com Espírito Santo que é o único capaz de trazer a eles o desejo da renuncia e conversão. Pense bem antes de julgar, Jesus veio para os enfermos e não para os saudáveis. É muito melhor termos um jovem usando brinco, saindo pra festas, e até mesmo bebendo, do que não te-lo. Precisamos assumir nosso posto e parar de colocar a culpa neles, deixemos a preguiça de lado e vamos trabalhar para que estes filhos desejem estar conosco, no convívio de Cristo.

Não podemos ser tão interesseiros ao ponto de querer usar o dom de um jovem para converter aos outros, porem não deixar que esse dom converta a ele mesmo.


Se preocupa com o que as pessoas vão dizer? Seja sábio como Cristo e ofusque os erros dos seus servos com suas grandes obras.




Imagine se Jesus não tivesse convidado Mateus, Pedro, Marcos, João, Paulo, entre outros, por causa de suas falhas. O que seria da nossa igreja?


Vitor Jacobem
@vitorjm11

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És Hulmilde ?

 


Deixa-me que te recorde, entre outros, alguns sinais evidentes de falta de humildade:pensar que o que fazes ou dizes está mais bem feito ou dito do que aquilo que os outros fazem ou dizem; – querer levar sempre a tua vontade avante; – discutir sem razão ou- quando a tens – insistir com teimosia e de maus modos; – dar o teu parecer sem que te peçam, ou sem que a caridade o exija; – desprezar o ponto de vista dos outros; – não encarar todos os teus dons e qualidades como emprestados; – não reconhecer que és indigno de qualquer nota e estima, que não mereces sequer a terra que pisas e as coisas que possuis; – citar-te a ti mesmo como exemplo nas conversas; – falar mal de ti mesmo, para que façam bom juízo de ti ou te contradigam; – desculpar-te quando te repreendem; – ocultar ao Diretor algumas faltas humilhantes, para que não perca o conceito que faz de ti; – ouvir com complacência quando te louvam; ou alegrar-te de que tenham falado bem de ti; – doer-te de que outros sejam mais estimados do que tu; – nega-te a desempenhar ofícios inferiores; – procurar ou desejar singularizar-te; – insinuar na conversa palavras de louvor próprio ou que dêem a entender a tua honradez, o teu engenho ou habilidade, o teu prestígio profissional…; – envergonhar-te por careceres de certos bens…





José Maria Escrivá





Postado por DHOU às 17:46 0 comentários Links para esta postagem


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